Publicado em Texto/Poema

Dúvida ou duvidas?

Sempre crescemos na dúvida ou vivemos nela em quase tudo em que atuamos.
E na hora da certeza, em que não temos dúvidas nenhumas, começam as dúvidas dos outros por nós.
Quando falamos na primeira pessoa (valor emocional que sai de nós mesmos) o peso é diferente, o sentimento é diferente.
Na dúvida por nós mesmos,  surge o receio, incertezas, remorsos, desistência (todos eles num leque de negatividade).
Nas dúvidas de terceiros, naqueles que só conseguem ver apenas o palpável ou quantitativo, a emoção varia nomeando-se como desilusão, desvalorização, falta de apoio e a falta de confiança.

Nessas situações, o sentimento continua ser negativo mas é algo que outros nos provocaram, aquele sentimento que está a roer dentro de nós e que só passa de duas maneiras: ou pegamos na dúvida dos outros e transformamos em algo que nos dê força para provar o contrário ou acumulamos naquele monte de desgostos (ou sapo da garganta), até ao momento de explosão.

De forma mais clara, é sempre diferente quando duvidamos de nós mesmos e de quando outros duvidam de nós (dependendo da relação que temos com essa pessoa) mas acima de tudo temos de nos mentalizar que isso é normal como respirar.
Duvidar de nós mesmos categoriza-nos como humanos porque não prevemos o futuro e sair da nossa zona de conforto é sempre uma aventura/receio.
Perante as dúvidas de terceiros, é preciso perceber que há as dúvidas de precaução daquelas pessoas que te amam e que sofrem por ti – nessa situação só podes dizer, obrigado e voarei o mais alto que puder a aterrarei da melhor forma possível.
Em relação as dúvidas de outros, fazendo-nos sentir incapazes, pequenos, sem esperança – essas dúvidas, acreditem, são as melhores.
Contrariar uma dúvida de alguém que acha que não vamos conseguir é do melhor do que há.
Fica ao vosso critério, a forma como responder a essa dúvida – mostrando resultados ou mostrando personalidade, melhor ainda as duas juntas.
Imaginem se a dúvida não existisse? Tudo seria básico, banal – não haveria história nem museus.
Pela dúvida façam. E se correr menos feliz do que se esperava, é só dar um passo a trás e recomeçar.
Nao será fácil dividir cérebro do coração, ou ser racional e não emocional, mas assumindo que somos humanos e não máquinas ja é meio caminho andado para ter-nos certeza que é o melhor a fazer.
Disso não tenham dúvidas.
Uma vez disseram-me, que é muito fácil copiar textos da net, que não tinha a capacidade de unir algumas palavras e faze-las cantar como uma balada, que não ir conseguir terminar a corrida, que seria fraca de mais para certos trabalhos ou que tive sorte de estar onde estou ou mais marcante que nunca iria ser ninguém enquanto não crescesse e parasse de sonhar porque nesta vida disseram eles, que o que precisava era de dinheiro e não de sonhos.
E acreditem, foram palavras de pessoas que carregam o mesmo sangue que o meu e que têm um pedaço de meu coração com eles.
Duvidem, questionem, façam me sentir mal – em contrapartida irei fazer o inverso e dar valor a mim mesma.
Tenho dúvidas se todos os sonhos se vão tornar realidade mas tenho certeza que fazem de mim uma pessoa melhor neste pedaço de terra.

PVN, 05 Março 2018

Autor:

"Sei que o melhor de mim está para chegar" - Mariza Na busca de respostas, dei por mim que tinha todas as peças do puzzle mas afinal os sentidos é que estavam em orientações opostas. Alinhei tudo e tudo se revelou. Tenho tudo nas minhas mãos, só preciso de moldar o meu barro e fazer arte emocional. Arte emocional, na escrita, na musica, na dança, nos vídeos, nas fotos, na paixão por comunicação, etc... Sobre mim, pouco tenho a dizer mas muito para mostrar. Patricia Vila Nova

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