Durante a aula de francês, no meio do silêncio enquanto 6 colegas faziam o teste e outros fazem os trabalhos de casa para o dia 11-06-2007 eu escrevo.
Silêncio, vejo o vento a bater na árvore em frente a minha sala.
Sendo primavera o verde das árvores dão cor a vida e a árvore que estou a ver tem folhas verdes e vermelhas, um vermelho escuro.
Vendo o horizonte das montanhas pergunto-me a mim própria o que haverá para lá de lá. Enfim o tempo cinzento reinava sobre a Póvoa de Lanhoso.
Por poucos instantes o tempo abrira com uns bonitos dourados de raios de luz e nesse momento ouvia-se a falar baixinho.
Neste momento a paz reinava sobre mim no meio do silêncio, eu estava sossegada a pensar no resto da minha composição. Só é pena que esta primavera não seja tão bonita como as outras com flores bonitas, muitas rosas vermelhas, brancas, rosas e o cheiro a terra e as ervas.
Com a caneta no queixo penso e penso vendo o vento a bater fortemente na árvore verde e vermelha.
Gosto do inverno por causa da chuva e da trovoada, estando na minha honesta casinha, no meu pequeno quarto com a minha janela aberta vendo os campos verdes refrescantes, ouvindo os cães a ladrar.
O vento parece chamar por mim, a desafiar e o barulho aumenta cada vez mais.
Penso para mim como estará a minha mãe sozinha em casa, o meu pai sozinho a trabalhar para nos sustentar e o meu irmão na escola sem mim.
Os raios de sol, voltam a brilhar e voltam a fugir e vice-versa não tarda muito vai chover.
Pouco falta para acabar as aulas, 22 dias e meio, até que enfim, apesar de eu saber que vou passar o verão em casa ou talvez ir uma ou duas vezes a praia, depende da boa vontade do meu pai e da minha mãe.

Enfim aguardo pelo amanhã.
Vou ter com o vento, assim ele leva os meus pensamentos além do horizonte e poder imaginar o além das montanhas, das nuvens e assim eu posso sonhar, sonhar, sonhar, sonhar, sonhar, sonhar…
PVN – 31 de Maio de 2007